Quando a cidade de Bragança (Norte de Portugal) era ainda a aldeia da Benquerença, lá vivia uma princesa bela e órfã com o seu tio, o senhor do Castelo.
A princesa tinha-se apaixonado por um jovem nobre e valoroso, apesar de pobre. Este, que também a amava, partira para procurar fortuna, prometendo só voltar quando se achasse digno de a pedir em casamento.
Durante muitos anos a princesa recusou todas as propostas de casamento até que o tio resolveu forçá-la a casar-se com um nobre cavaleiro seu amigo.
Quando a jovem foi apresentada ao cavaleiro decidiu contar-lhe que o seu coração era do homem por quem esperava há 10 anos. Este fato despertou a cólera do tio, que resolveu vingar-se. Nessa noite, o senhor do Castelo disfarçou-se de fantasma e, entrando por uma das duas portas dos aposentos da princesa, disse-lhe que esta seria condenada para sempre se não acedesse a casar com o cavaleiro.
Quando estava a ponto de a obrigar a jurar por Cristo, a outra porta abriu-se e, apesar de ser noite, entrou um raio de sol que desmascarou o falso fantasma.
A partir de então a princesa nunca mais foi obrigada a quebrar a sua promessa e passou a viver recolhida numa torre que ficou para sempre lembrada como a Torre da Princesa. As duas portas ficaram a ser conhecidas pela Porta da Traição e a Porta do Sol.
Autor desconhecido
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