[Valid Atom 1.0] [Valid Atom 1.0] O Mundo Mágico da Fantasia Contos Infantis: janeiro 2015

Olá, amiguinhos!

10 de janeiro de 2015

O Gosto da Bruxa


Era uma vez uma menina que estava presa na torre mais alta de um castelo.
Ela era uma princesa, mas não lhe valia de nada, porque perdera os seus pais e o reino, numa guerra que o dono do castelo, já se vê, é que ganhara.
Ainda era o tempo das fadas. Por isso a menina disse, para que as paredes ouvissem:
— Se uma fada me salvasse, fosse boa, má ou assim-assim, eu repartia a meias com ela o tesouro do meu perdido reino, que só eu sei onde está enterrado.
As paredes toda a gente diz que têm ouvidos. Estas ouviram, passaram palavra e daí a nada uma velha fada apareceu na sala.
— Vou dar volta à tua vida — disse a fada.
— És uma fada boa? — Perguntou a menina.
— Nem por isso — respondeu a fada.
Era uma fada assim-assim e para provar que não era das melhores, mas também não era das piores, impôs, à partida, uma condição. Salvava a menina, mas, antes, ela tinha de adivinhar-lhe o nome. E avisou logo que não tinha um nome muito mimoso.
— Serafina — disse a menina.
Nem pensar. Não era Serafina nem Leopoldina nem Marcolina. Nem Eufrásia nem Tomásia. Nem Quitéria nem Pulquéria. Nem Aniceta nem Eustáquia nem Teodósia nem Venância nem Bonifácia nem Gregória. Nem sequer Capitolina.
A princesa esgotou os nomes mais esquisitos que conhecia. E a fada sempre com a cabeça a dizer que não. Até que propôs o seguinte negócio:
— Salvo-te, mesmo que não descubras o meu nome, mas fico com o tesouro só para mim. Todinho!
A menina concordou. Não tinha outro remédio. Vai daí a fada pronunciou umas palavras mágicas e ela e a princesa atravessaram as paredes da prisão.
Uma vez em liberdade, a princesa ensinou o local onde estava escondido o tesouro e pronto, a história acaba aqui.
E o nome da fada-bruxa?
Também a menina quis saber.
— Chamo-me Joaninha — respondeu a fada-bruxa, baixando os olhos, envergonhada.
— Mas Joaninha é um nome bonito — estranhou a princesa.
— Eu não acho — disse ela. — Gostava mais de ser Virgolina Zebedeia.
Vá lá a gente entender o gosto das bruxas.

Autor desconhecido


5 de janeiro de 2015

O peixinho que descobriu o mar


Cristóbal nasceu num aquário. O mundo dele resumia-se a um pouco de água entre quatro paredes de vidro, alguma areia, pedras, uma miniatura de caravela em madeira e uma tartaruga, cujo nome era Alice.
Alice, que vivera em outros lugares, contava para Cristóbal suas aventuras no mar, foi ai que Cristóbal iniciou seu projeto em busca da liberdade.
Cristóbal tentou sair de qualquer jeito, mas não conseguiu. De repente Alice acordou e viu, Cristóbal tentando sair. Então ela perguntou:
- Porque você está tentando sair de dentro do aquário?
- Porque eu queria explorar coisas novas, como as histórias que você estava me contando! – Respondeu Cristóbal.
Alice ficou triste pois não queria dizer que se ele saísse do aquário, ele não conseguiria sobreviver fora da água. Mas ele não queria desapontá-lo.
O peixinho sonhava toda a noite com o mar. Numa certa noite apareceu a gata Verônica, querendo comê-lo. Mas ele era muito escorregadio. Por esse motivo a Verônica não conseguiu comer o Cristóbal.
Então num certo dia ele conheceu Jucá, um pelicano que morava por perto. Alice só ficou ouvindo o plano dele, e as tentativas que ele fez para sair do seu aquário e conhecer o mar.
Por isso Jucá disse:
- Eu já conheci o mar! É muito bonito! Aposto que você iria adorar. Mas como você não consegue sair do aquário, eu acho que nunca conseguirá.
- Já sei, se você me tirar com o seu bico e me levar até o mar. Depois você leva a Alice! – Disse Cristóbal.
Alice e Jucá concordaram.
Jucá levou Cristóbal e Alice conhecer o mar. Os dois adoraram. Eles queriam ficar lá para sempre. Mas não queriam que a Ama ficasse triste.
Então decidiram voltar para casa.
No outro dia Jucá perguntou a eles, se queriam visitar o mar novamente. Eles aceitaram. E assim jucá perguntou:
- Se vocês quiserem posso levá-los todos os dias para o mar.
Os dois ficaram felizes pela proposta de Jucá. E assim fizeram novos amigos. E todos ficaram contentes.

Autora: Larissa Drechsler