[Valid Atom 1.0] [Valid Atom 1.0] O Mundo Mágico da Fantasia Contos Infantis: dezembro 2013

Olá, amiguinhos!

15 de dezembro de 2013

O Reino de Cristal


Era uma vez, em uma aldeia à beira de um caudaloso rio, um casal de pescadores muito bondosos que sonhavam em ter um filho. Passaram-se os anos sem que tivessem a felicidade de embalar um bebezinho nos braços. Esperançosos, pediam ao bom Deus que atendesse as suas preces e abençoasse o seu modesto lar com uma criança, um filho para completar a felicidade das suas vidas.

Um dia, a mulher foi à beira do rio lavar roupas e avistou nas margens das águas uma concha dourada, aproximou-se e, espantada, viu um belo menino recém-nascido dormindo tranquilo dentro daquele estranho objeto. Sem saber o que fazer, a mulher gritou pelo marido, pedindo-lhe que viesse ver o milagre que estava acontecendo... Os dois pegaram a criancinha nos braços, levaram para a casa onde moravam, alimentaram-no, vestiram-no e começaram a dedicar àquele filho inesperado um amor maior que o mundo. Deram-lhe o nome de Jorge.

Os anos passaram, Jorge tornou-se um belo rapaz, muito amoroso com os pais e querido por todos que habitavam o vilarejo onde se criara. 

Certa manhã, banhando-se nas águas azuis e transparentes do rio, Jorge avistou um belíssima moça, cantando e sorrindo para ele. A paixão logo tomou conta do coração puro de Jorge. Todas as manhãs os dois se encontravam nas águas do rio, até que ela o convidou a ir com ela conhecer o lugar onde ela morava, co fundo do rio. Pensando que seria um passeio rápido, Jorge acompanhou a sua amada, sem se despedir dos pais.

Nadaram até chegarem a um lugar belíssimo, um reino de cristal, no qual a bela moça era a princesa, filha única do rei viúvo que desejava vê-la casada, dando um herdeiro para o trono. Jorge ficou fascinado com tudo que via a sua volta, casou-se com a jovem, tiveram um filho e viviam numa felicidade perfeita. Todavia, num belo dia, Jorge sentiu uma imensa saudade dos seus pais, desejou visitá-los e falou nisto à sua mulher.

-Você quer voltar? Vai deixar-me aqui com nosso filho?

-Querida, quero somente abraçá-los. Voltarei logo em seguida.

Ele teve permissão do rei para sair do reino e foi à superfície. Mal sabia a tristeza que o aguardava ao chegar à aldeia. Tudo estava mudado, a casa dos pais já não existia, ninguém sabia nada sobre o paradeiro dos dois, sequer os conheciam,. Procurou os amigos e parentes sem encontrá-los. Desesperado, Jorge procurou o padre capelão da igreja. Já não era o mesmo do seus tempos de juventude. Este, vendo os trajes à moda muito antiga de Jorge, perguntou-lhe:

-Meu filho, em que ano você partiu?

Ao ouvir a resposta, espantadíssimo o padre lhes disse: - Filho, passaram-se mais de 100 anos depois que você deixou a aldeia e seus pais. Morreram todos.

Muito triste, Jorge caminhou até o rio, começou a entrar nas águas límpidas, pensando em voltar para junto da mulher e do filhinho. Todavia, quando olhou para o espelho da água viu sua imagem refletida. Não se reconheceu. Havia envelhecido! Longe do espaço mágico do reino de cristal tornara-se um ancião centenário. Já não podia retornar. Os golfinhos que nadavam no rio, pegaram-no delicadamente e levaram-no para junto da sua família. Alí, ele despertou e descobriu que voltara a ser jovem, voltara a ter a sua família. 

(Autor desconhecido)

13 de dezembro de 2013

Pinóquio, de Hans Christian Andersen


Numa aldeia italiana vivia Gepeto, o melhor relojoeiro do mundo. Um dia construiu um boneco quase perfeito...!
-Serás o filho que não tive, e vou chamar-te Pinóquio. Nessa noite a Fada Madrinha visitou a oficina de Gepeto. Tocando Pinóquio com a varinha mágica disse:
- Vou-te dar vida, boneco. Mas deves ser sempre bom e verdadeiro!
No dia seguinte Gepeto apercebeu-se que os seus desejos se tinham tornado realidade. Mandou então Pinóquio à escola, acompanhado pelo grilo cantante Pepe. No caminho encontraram a D. Raposa e a D. Gata.
- Porque vais para a Escola havendo por aí tantos lugares bem mais alegres? - perguntou a raposa.
- Não lhe dês ouvidos! - avisou-o Pepe. Mas Pinóquio, para quem tudo era novidade, seguiu mesmo as tratantes e acabou à frente de Strombóli, o dono de um teatrinho de marionetas.
- Comigo serás o artista mais famoso do mundo! - segredou-lhe o astucioso Strombóli.
O espectáculo começou. Pinóquio foi a estrela, principalmente pelas suas faltas, que causaram muita risota. Os outros bonecos eram hábeis, enquanto o novo só fazia asneiras... Por isso triunfou! No final do espectáculo Pinóquio quis ir-se embora, mas Strombóli tinha outros planos.
- Ficas preso nesta jaula, boneco falante. Vales mais que um diamante! Por sorte o grilo Pepe correu a avisar a Fada Madrinha, que enviou uma borboleta mágica para salvar Pinóquio. Quando se recompôs do susto, a borboleta perguntou-lhe aonde vivia.
- Não tenho casa. - respondeu o boneco.
A borboleta voltou a fazer-lhe a mesma pergunta, e ele a dar a mesma resposta. Mas, de cada vez que mentia, o nariz crescia-lhe mais um pouco, pelo que não conseguiu enganar a Borboleta Mágica.
- Não quero este nariz! - soluçou Pinóquio.
- Terás que te portar bem e não mentir! Voltas para casa e para a Escola. - disse-lhe a Borboleta Mágica.
Depois de regressar a casa, aonde foi recebido com muita alegria por Gepeto, passou a portar-se bem. Tempos depois, de novo quando ia para a Escola, voltou a encontrar a Raposa, que o desafiou para a acompanhar à Ilha dos Jogos. Assim que entrou começaram a crescer-lhe as orelhas e a transformar-se em burro. Aflito, valeu-lhe o grilo Pepe, que lhe disse:
- Anda, Pinóquio. Conheço uma porta secreta...! Não te queres transformar em burro, pois não? Levar-te-iam para um curral!
- Sim, vou contigo, meu amigo.
Ao chegarem a casa encontraram-na vazia. Por uns marinheiros souberam que Gepeto se tinha feito ao mar num bote. Como o grilo Pepe era muito esperto, ensinou Pinóquio a construir uma jangada. Dois dias mais tarde, quando navegavam já longe de terra, avistaram uma baleia.
- Essa baleia vem direita a nós! gritou Pepe. - Saltemos para a água!
Mas não puderam salvar-se ... a baleia engoliu-os. Em breve descobriram que no interior da barriga estava Gepeto, que tinha naufragado no decurso de uma tempestade. Depois de se terem abraçado, resolveram acender uma fogueira. A baleia espirrou e lançou-os fora.
- Perdoa-me papá. - suplicou Pinóquio muito arrependido. E a partir dali mostrou-se tão dedicado e bondoso que a Fada Madrinha, no dia do seu primeiro aniversário, o transformou num menino de carne e osso, num menino de verdade.
- Agora tenho um filho verdadeiro! - exclamou contentíssimo Gepeto.




Sindbad, o marujo


Sindbad estava sentado, descansando na sua nova casa em Bagdad, que havia construido recentemente, quando ouviu um pobre carregador de rua dizer:
- Os homens não recebem a recompensa conforme merecem. Tenho trabalhado mais do que Sindbad e, no entanto, ele vive no luxo e eu na miséria.
Comovido com a queixa do carregador de rua, Sindbad convidou-o para entrar e ouvir a história de suas aventuras.
- Talvez quando souberes o que passei para adquirir minha riqueza, disse-lhe Sindbad, fique mais contente com a sua sorte. Repare no meu cabelo branco e minha cara já gasta; até pareço um velho. Eu era jovem e forte quando embarquei para tentar fazer minha fortuna em países estranhos. Saiba que, pouco depois de partirmos, o nosso navio foi apanhado por uma calmaria numa pequena ilha. Quando desembarcamos para examinar de perto, descobrimos que aquilo não era terra e sim o dorso de uma grande baleia. Mal pusemos os pés para descer e ela começou a sacudir-se e logo mergulhou para o fundo do mar. Ficamos todos assustados, nos debatendo e procurando algo para nos salvar do afogamento. Agarrei-me a um grande pedaço de madeira e a corrente marítima acabou me conduzindo à praia de uma ilha deserta.
- Já na ilha, imaginei que estaria salvo, mas ao caminhar algumas léguas fui dar num grupo de arvores frutíferas, entre as quais estava escondida uma grade bola branca de uns cincoenta pés de tamanho. Eu já estava muito cansado, por isso, depois de comer alguns frutos, deitei-me para dormir à sombra da bola branca. Já estava cochilando quando, ao olhar para o alto, vi que o céu estava escuro pelas asas de uma ave gigante.
- Céus! exclamei. Esta grande bola branca é o ovo daquela ave monstruosa, que os marinheiros chamam de Roc.

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3 de dezembro de 2013

A ESTRELINHA


Haviam milhões de estrelas no céu.
Estrelas de todas as cores: brancas, prateadas, verdes, douradas, vermelhas e azuis.
Um dia, elas procuraram Deus e lhe disseram:
- Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra entre os homens.
- Assim será feito, respondeu o Senhor. Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas e podem descer para a Terra.
Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar de correr com os vaga-lumes nos campos; outras misturaram-se aos brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada.
Porém, passando o tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.
- Por que voltaram? Perguntou Deus, a medida que elas chegavam ao céu.
- Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria e violência, muita maldade, muita injustiça…
E o Senhor lhes disse:
- Claro! O lugar de vocês é aqui no céu. A Terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, nada é perfeito. O céu é lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece.
Depois que chegaram todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus falou de novo:
- Mas está faltando uma estrela. Perdeu-se no caminho?
Um anjo que estava perto retrucou:
- Não Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há limite, onde as coisas não vão bem, onde há luta e dor.
- Mas que estrela é essa? – voltou Deus a perguntar.
- É a Esperança, Senhor. A estrela verde. A única estrela dessa cor.
E quando olharam para a Terra, a estrela não estava só. A Terra estava novamente iluminada porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa.
Porque o único sentimento que o homem tem e Deus não tem é a Esperança.
Deus já conhece o futuro, e a Esperança é própria da pessoa humana, própria daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que não sabe como será o futuro.
Tenha a estrelinha verde em seu coração, a esperança, e não deixe que ela fuja ou se apague, ela iluminará seu caminho!
(Autor desconhecido)